Cai amplo o frio e eu durmo na tardança
De adormecer.
Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
Nem desejo de os ter.
De adormecer.
Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
Nem desejo de os ter.
E um choro por meu ser me inunda
A imaginação.
Saudade vaga, anônima, profunda,
Náusea da indecisão.
A imaginação.
Saudade vaga, anônima, profunda,
Náusea da indecisão.
Frio do Inverno duro, não te tira
Agasalho ou amor.
Dentro em meus ossos teu tremor delira.
Cessa, seja eu quem for!
Agasalho ou amor.
Dentro em meus ossos teu tremor delira.
Cessa, seja eu quem for!
Fernando Pessoa, 19-1-1931.
Tão Pessoa o verso "cessa, seja eu quem for!"
ResponderExcluirQue bom gosto, Cau, trazer-nos o maior.
Beijocas!
Meu querido, ler Pessoa é sempre um bálsamo para almas desassossegadas feito a minha. É momento de parar e sorver de tanta beleza.
ResponderExcluirQue bom!
Grata por isso.
Beijos.
E pensar que ele escreveu estes versos a mais de 80 anos! Maravilhoso!! Beijus,
ResponderExcluirProfessor Carlos!
ResponderExcluirGrande abraço. Trazer o Fernando Pessoa é muito "Caurosa", viu? E como o poema do mestre fica bem por aqui!
Grato por nos proporcionar.
Adh
Fernando Pessoa!
ResponderExcluirpalavras plantadas há tanto tempo, mas que dão flores e frutos até hj..
obrigada por mais este presente.
bjs.Sol
°º♪♫
ResponderExcluir°º✿♪♫
º° ✿♫ ♪♫°
Eu também gosto de Fernando Pessoa.
Um ótimo mês de novembro!
Beijinhos.
Minas.°º♪♫
°º✿♪♫
º° ✿♫ ♪♫°