BEIJO
Não quero o primeiro beijo:
basta-me
o instante antes do beijo.
Quero-me
corpo ante o abismo,
terra no rasgão do sismo.
O lábio ardendo
entre tremor e temor,
o escurecer da luz
no desaguar dos corpos:
o amor
não tem depois.
Quero o vulcão
que na terra não toca:
o beijo antes de ser boca.
MIA COUTO
No livro "Tradutor de chuvas"
Muitas vezes os momentos que antecedem ao beijo, são melhores que o próprio beijos.
ResponderExcluirAbraço
Verdade meu amigo Wanderley Elian, obrigado pela gentil visita.
ExcluirMia Couto escreve muito bem....
ResponderExcluirgostei!
:)
Eu também acho amiga Sol, obrigado pela visita.
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