A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Manoel de Barros
Mas a conquista tinha um gostinho especial, no tempo do onça.
ResponderExcluirAbração amigo.
Muito especial meu amigo.
ExcluirNo tempo da onça era assim, e que romântico isso!!!
ResponderExcluirLinda escolha meu amigo.
Abraços.
Muito romântico, amiga.
ExcluirOlá, carlos!
ResponderExcluirA comunicação era difícil,mas muita era a imaginação - a não ser quando a pedra ficava a meio caminho...
Abraço amigo; bom fim de semana.
Vitor
Sou suspeita pra falar de Manoel de Barros. Totalmente apaixonada por sua poesia. Que bom que voltei a comentar exatamente nesse post, me permitiu reler esse poeta extraordinário. Um beijo e obrigada por não esquecer o Solidão de Alma.
ResponderExcluirFascinante! Poesia, pura poesia... Abraço
ResponderExcluirPS: E o Botafogo? Este ano parece que vai, o que estraga é o técnico que não sabe nada de futebol.
Lindo!!!! eu amo.
ResponderExcluirBeijos
Isso lembra muito Romeu cortejando Julieta em seu quintal... Muito bom, gostei do blog! Cantinho poético e aconchegante! E não falarei mau do Botafogo...
ResponderExcluirAbraço!