segunda-feira, 30 de outubro de 2017
domingo, 29 de outubro de 2017
Cachorrinho (a) Gugu
SHORTY STORY -
Cachorrinho(a) Gugu
Na próxima encarnação (se é que vai existir...) eu quero ser cachorrinho (a) de madame . Um vidão que eu como humano proletário, professor aposentado não tenho. Tem tudo hoje para os bichinhos. Aqui na terra do Simão até hospital vai ter (se não passar de promessas do burgomestre). Tudo da mais alta qualidade em pet shop super maneira. Tem caminha, tem roupinha, sabonetes super cheirosos, a comida então, as rações vitaminadas de vários sabores e gostos tem me deixado com água na boca. Os bichinhos tem mais direitos e mordomias que os humaninhos melequentos que andam por aí abandonados e nenhuma madame quer adotar. Já até escolhi o meu nome de cachorrinho(a) será Gugu, para lembrar minha encarnação passada. Só não escolhi o sexo,cachorrinho de madame também nasce sem sexo. Só depois de grandinho eu vou escolher se serei macho ou fêmea, para ficar na moda e antenado. E a madame? Bem, aí eu deixo por conta da sorte,espero que seja carinhosa e tenha um aconchegante colo.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Poema da tarde
Testamento
O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!
O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!
Manuel Bandeira
sexta-feira, 31 de março de 2017
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
POEMA DA NOITE
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
MANOEL DE BARROS
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