CANÇÃO DE OUTONO
Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...
Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Boa noite amigo...
ResponderExcluirSou uma eterna apaixonada por ela, a inesquecível Cecília Meireles.Sem sombras de dúvidas as poesias dela, encantam e nos deixam completamente "extasiados' de emoção.
Leia essa:
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
Grande abraço!
Meu amigo
ResponderExcluirMaravilhoso este poema, eu adoro Cecília Meireles.
Uma boa escolha.
Deixo um beijinho
De que serviu tecer flores
ResponderExcluirpelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
Gosto dimais da conta da Cecília!
Bjs.
Olá Carlos Escolher Cecília Meireles é acertar sempre. amei.
ResponderExcluirGrande abraço
Uma poeta-mulher de sensibilidade tão rara e tão delicada.
ResponderExcluirAdorei a tua sensibilidade na escolha Carlos.
Grande beeejoo
Amigo Caurosa, falarei de folhas na próxima edição do klic. Linda poesia, Cecília Meireles é uma diva da poesia. Boa escolha! Super abraço
ResponderExcluirPoesia sobre o outono, mas que a tristeza que ela fala nunca possamos encontrar...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Carlos Rosa.
Um abraço.
Querido Carlos não conhecia esse poema e fiquei encantada. Obrigada por compartilhá-lo.
ResponderExcluirUm beijo
Lindo poema de Cecilia Meireles. Adorei, porque adoro poesia. Beijo meu
ResponderExcluirO outono é tão sensivel como o coração que pede amor,,,é aconchegante,,,carinhoso,,,carente....abraços fraternos amigo e um belo final de semana pra ti.
ResponderExcluirCecília Meireles fala do outono de uma forma ímpar, escolha marabilhosa essa sua meu amigo.
ResponderExcluirUm prazer imenso vir aqui te ler.
Beijos com carinho no teu ♥
Linda maneira de se falar do Outono, gostei. ; )
ResponderExcluirTks pela amizade e visitas!
Bjs! Lu
Atrevo-me ainda,
ResponderExcluirA escrever sonhos na areia,
Sei o mar os vai levar,
Mas vai que um dia
Alguém os encontre!
Santaroza
Feliz FDS.....Beijos poéticos!!
Caro amigo.
ResponderExcluirCecília Meireles
nos fala de uma forma simples.
Por isso suas palavras se etrnizam em nós.
De modo intenso...
Deliciosamente intenso...
Que a vida se faça plena em ti.
cecília Meireles é eterna, o poema é lndo e a foto que vc. escolheu dela para ilustrar o post está divina, um charme com aquele chapéu.
ResponderExcluirBjs
janeisa
Meu querido amigo, parabéns pela escolha, esse poema é belíssimo e a imagem magnífica! Escolhas assim são frutos de grande sensibilidade e senso estético acentuado. Aplausos, ótimo post. Beijo grande
ResponderExcluirAbraços fraternos pra ti amigo e um feliz dia das maes....
ResponderExcluirOlá Carlos!
ResponderExcluirLinda a Catedral de Colonia, bela obra a do fotógrafo! Singela e contundente (pode isso?) a poesia que vc escolheu, de Cecília Meireles.
Grande abraço, Paz e Harmonia,
Adh
Beleza, meu amigo.
ResponderExcluirComo não gostar de Cecília?
Grande abraço.
Voltei para dizer que gostei da cara nova do teu blog. Ficou lindo.
ResponderExcluir"Também gostei de". Leio e releio minha insuperável Cecília...
ResponderExcluirBeijocas.