Abaladora foi a noite de setembro
Eu trazia na roupa
a tristeza do trem que me trazia
cruzando uma por uma as províncias:
Eu era esse ser remoto
turbado pela fumaça do carvão
da locomotiva.
Eu não era.
Tive de encarar então a vida.
Minha poesia me incomunicava
e me agregava a todos.
Naquela noite
me coube declarar a primavera.
A mim, pobre sombrio,
me fizeram desatar a vestimenta
da noite desnuda.
Tremi lendo ante duas mil orelhas desiguais meu canto.
A noite ardeu
com todo o fogo escuro
multiplicando-se na cidade,
na urgência imperiosa do contato.
Morreu a solidão aquela vez
ou nasci eu de minha solidão?
Neruda dispensa comentários. Parabéns pela escolha.
ResponderExcluirUm ótimo fds
Abração
Neruda é sempre encantador, sublime e delicioso de ler.
ResponderExcluirAbraços
...renascer da própria solidão,
ResponderExcluirsentir-se inteiro e poético
é dádiva para poucos.
Neruda é tudo de bom!
lindo post como sempre
encontro por aqui.
bjbjbj de sábado chuvoso!
Lindo poema!
ResponderExcluirNeruda é inigualável.
Bom fim de semana ;)
Meu amigo
ResponderExcluirUma boa escolha, este lindo poema de Neruda.
Lindo.
Beijinhos
Sonhadora
É muito bom, sempre, ler Neruda.
ResponderExcluirQuando renascemos de nossa própria solidão é algo que me encanta e admiro muito, pois temos que ter coragem também.
Um beijo
Fenix também! Genial o Neruda e você também selecionar. Abraço
ResponderExcluirAs vezes momentos se confundem, pois dá para criarmos um momento e esperar que este momento não nos mude...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Carlos Rosa.
Um abraço.
Amigo Cau,
ResponderExcluirbelíssimo! E viva Neruda!!! Estamos em sintonia.
Beijos e bom fim de semana.
Sensacionais as imagens... a primeira, então, é bárbara.
ResponderExcluirQue dizer do poema!
"...Minha poesia me incomunicava
e me agregava a todos..."
É isso...
To adorando teu blog.
Beijokas.