SOMOS TRÊS
Somos três:
sombra, corpo, alma.
Cada um a seu modo vivendo
juntos os três andando.
Corpo vendo a sombra
corpo sonhando a alma.
Corpo sofrendo com pena
da alma e da sombra,
impalpáveis
num mundo virtual.
Corpo querendo ser corpo,
e logo alma apenas.
Corpo, vulto, mistério,
fantasma adestrado
em artes de se julgar vivo,
no entanto mais efêmero,
talvez.
Corpo, no entanto, pensando-se.
Transferindo-se em alma,
em sombra.
Corpo sozinho entre enigmas.
Vastas areias do tempo
aladas.
Sobre o corpo e a sombra.
E alma também contempla.
1961 – Cecícila Meireles
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Sombra, corpo e alma… às vezes sou eu.
C@urosa
Cecília foi, é e sempre será maravilhosa. belo poema!
ResponderExcluirAbraços
Que lindo!!! Não conhecia esse poema.
ResponderExcluirDivina e maravilhosa Cecília!
Linda noite, amigo ;)
Cecília é Maravilhosa !!!!
ResponderExcluirBelíssima poesia, ...dispensa comentários.
Bjo e uma Noite de Paz ...
Meu querido amigo
ResponderExcluirUm maravilhoso poema...Cecília Meireles, adoro a sua poesia.
Beijinhos
Sonhadora
Parte materiais e imateriais, tudo se juntando e fazendo algo maior que somos nós...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Carlos Rosa.
Um abraço.
Sempre bom ler a grande Cecília Meirelles. Também não conhecia esta poesia, bastante instigante.
ResponderExcluirÉ lindo mesmo! As vezes esquecemos que os tres formam o conjunto. Obrigada, amei recordar. Amelia
ResponderExcluirFalar de Cecília é tarefa inglória. Nunca falaremos o bastante, o merecido. Nos perderemos em palavras, então o melhor é ler sua poesia.
ResponderExcluirCarlos, querido.
Aviso-lhe que vou roubar sua ideia de post e colocar no meu caçulinha.
Dê um pulinho lá e confira... Mas só o farei à noite.
http://euzinharrosada.blogspot.com/
Beijos.
Boa essa poesia de Cecília Meirelles! Quando li lembrei-me do filme Efeito Borboleta, não sei porque.
ResponderExcluirBeijooO*
Resgatar Cecília foi mesmo uma ótima escolha! E o quanto a poesia carrega de verdade em relação ao nosso cotidiano. Essa "mistura" de corpo, sombra e alma que por vezes revezam-se em nós, sem estampar-se em nossas faces.
ResponderExcluirGrande abraço, Carlos!
E quem não é meu amigo?!
ResponderExcluirBjs.
Oi Carlos! Tenho tanta admiração pela Cecília! E esse poema dela hoje caiu como uma luva... Um beijo, Deia.
ResponderExcluirOlá, Carlos!
ResponderExcluirBelíssima escolha e belíssimo poema!
Passando por aqui pra retribuir a visita. Espero que não se importe, mas passamos a seguí-lo!
Abçs!
Rike.
As vezes não somos nós quem lemos a poesia... é ela quem nos lê, feito essa, da Cecilia, que escancarou meu interior... Bjs.
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